Foto: https://www.camara.leg.br/deputados/204651
MILNE FREITAS SOUZA
( Brasil – Maranhão )
Nasceu em 06 de maio de 19162, no povoado de Bela Vista, distrito de Ipiranga, município de Barra do Corda, Maranhão.
Graduado em Gestão de Negócios imobiliários, pela UNICESUMR de Londrina, Paraná.
Servidor público estadual, lotado na Secretaria de Planejamento do Estado de Tocantins, está Superintendente de Desenvolvimento Regional do Estado.
Publicado até hoje apenas a Crônica “Pastilha de Bosta” no blog “Turma da Barra” e classificado com a poesia “DESERTO” entre os 17 finalistas do 2º. Festival Barra-Cordense de Poesia da Universidade Aberta do Brasil.
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Deputado(a) Federal - 2015-2019, TO, PT, Dt. Posse: 17/10/2018.
I COLETÂNEA POÉTICA DA SOCIEDADE DE CULTURA LATINA DO BRASIL construindo pontes. Dilercy Aragão Adler (Organizadora). São Luís: Academia Ludovicense de Letras – ALI, 2018. 298 p. ISBN 978-85-68280-12-6 No 10 353
SÓLO UN CORAZÓN
Lo que usted siente
Ya sentí también
Pero no les conviene
Buscar en alguien
Lo que otra ya tiene
O que você sente
Eu já senti também
Mas não lhes convém
O que outra já tem.
(Tradução de Antonio Miranda)
8 DE MARÇO
Pedi ao pai eterno
Raios de iluminação
Pra dois minutos de prosa
E uma vida de satisfação.
Tristeza é dissabor
Foge a forte mulher
Carinho, respeito,
Liberdade
É isto que ela queEssa história é “cantada”
Tem emblema muito forte,
Na luta por igualdade
No estado de nova Iorque
130 foram à morte
O mundo evoluiu
A violência não sumiu
E “marias da penha”,
Ainda surgem
Neste imenso brasil
Feministas, socialistas
Todas sabem seu valor
Com seu jeito singelo
Um olhar sempre belo
De nosso jardim é a flor
Homenageio hoje a mulher
Com imensa satisfação
Ontem debaixo do pé
Hoje chicote na mão,
Batem forte no parceiro
Ainda exigem um garanhão
Nesta simples homenagem
Faço uma breve explanagem
Da história que as criou
Fez-me um homem de barro
De mim, a costela tirou
Grato a deus mil vezes
Pela competência demonstrada
De um corpo gordo e feio
Fez a flor mais perfumada.
JARDIM
As mãos que te regaram
Em meu corpo navegaram
Com intenso calor,
Mesmo incrédulo,
Materialista e sem valor,
Fostes para mim
O mais puro amor.
Lírio, meu martírio
É lembrar tua flor,
E mesmo como colírio,
Em meu peito delira,
Paixão, saudades, grande dor
Milne Freitas S
QUERENDO SER
Hoje amanheci assim
Bobo, sem culpa, sem dolo,
Acordado sonhei,
Mente leve, meio tolo.
Querendo ser horizonte
Beber da sua fonte
Adivinhar teu pensar
Querendo ser terra
Querendo ser folha
Sentir teu pisar,
Querendo ser água
Querendo ser bolha
Querendo ser vento
Querendo ter tempo
Pra ver você passar
E neste corpo de menina
Ser rio de águas cristalinas
Para em tuas curvas navegar.
SE PUDESSE, FALAVA
As meninas mentidas, mantidas, destroem construções
De histórias de vidas, vividas, quase morridas
Momentos passados, hoje lembrados
Não podem voltar, jamais voltarão
Do passado, nada mais, só saudades
Vivemos outra vida, modorrenta, tristonha, nada eletriza
A não ser as lembranças
De tempos que não voltam mais.
Há! Aqueles beijos, aqueles abraços, aquele cheiro
Que falta me fazem
Vivo de sonhos, pesadelos
Nada, ninguém. Nunca sentirei
Abraço tão quente, potente
Há! Se eu pudesse, a cara aguentasse
Deixava tudo de lado, abraçava o passado
Buscava o presente e, meio indecente
Assim de repente, gozava comprido
Fodam-se, para minha atitude
Eu mesmo, que lástima, não tenho coragem de avançar
E ainda me culpo, pelo que eu possa pensar
Fuja de mim, pensamento maldito
Puta merda, tantas me olham
Tantas me querem, comer...
Lamber...
Só ela, posso ver.
*
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Página publicada em março de 2025.
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